Levantamento dá conta que Unilever é o anunciante mais punido no Conar em 2015
Muitas denúncias chegam ao CONAR apresentadas por
consumidores. Todavia, os julgamentos do órgão, por diversas vezes, são
permeados por disputas entre empresas concorrentes e essa parece ter sido uma
das razões para que a Unilever fosse alçada ao posto de “anunciante mais punido
pelo Conar em 2015”.
A
empresa enfrentou reclamações de suas concorrentes Johnson & Johnson,
L’Oréal e Reckitt Benckiser que geraram, ao todo, 5 condenações contra a
Unilever.
Nos
rankings dos anos anteriores, também divulgada pelo Meio & Mensagem, as mais punidas foram Claro (2014), P&G
(2013) e TIM (2012 e 2011).
Grande parte das denúncias recebidas pelo Conar em 2015
terminou em arquivamento (138 de 296 denúncias). Nos demais 158 julgamentos,
houve algum tipo de condenação por parte do órgão: 110 recomendações de
alterações, 44 decisões pela sustação da campanha denunciada e 4 advertências
aos anunciantes.
Confira abaixo os 5 primeiros colocados no ranking dos anunciantes mais punidos pelo Conar em 2015, elaborado pelo quinto ano consecutivo pelo periódico Meio & Mensagem:
1º Lugar: Unilever, com 5 denúncias
Das cinco denúncias feitas contra a Unilever e que
receberam condenações, 2 foram feitas pela Johnson & Johnson.
Em uma delas houve condenação para que a empresa
alterasse embalagens e materiais de divulgação do sabonete em barra da linha
Baby Dove Hidratação Enriquecida, para que se esclarecesse aos consumidores que
a reposição prometida é de alguns nutrientes.
As demais denúncias foram contra anúncios do
Baby Dove, Shampoo Dove, produtos de limpeza Cif e a quinta condenação envolveu
a ação “Contra bactérias, no 1 em vendas no mundo”, de Lifebuoy.
2º Lugar: Claro, com 4 denúncias
Todas as condenações determinaram alterações em
campanhas. Os 4 processos foram motivados por denúncias feitas pela TIM, Vivo
ou Oi.
3º Lugar: Genomma, com 3 denúncias
A pedido da P&G, o Conar recomendou sustação do
comercial e alteração na embalagem do xampu Tio Nacho Anti-idade. Os outros 2
processos referem-se aos produtos Goicoechea Diabet TX e Asepxia - Gel Ultra
Secante.
4º Lugar: Brasil Kirin, com 3 denúncias
O Conar recebeu 230 queixas de consumidores (grande
parte do estado de Santa Catarina) e decidiu pela sustação do comercial criado
para a promoção da cerveja Schin por ocasião da Oktoberfest. A condenação se
deu por considerar que seu conteúdo deprecia a mulher catarinense e prejudica a
imagem do evento realizado todos os anos em Blumenau.
O anunciante teve outra campanha penalizada com a sua
sustação, dessa vez a campanha intitulada “São João do jeito que o povo gosta”
também da Schin.
Houve também uma advertência ao anunciante por veicular
campanha da cerveja na internet sem limitar o acesso de menores.
5º Lugar: Divcom Pharma, com 3 denúncias
Houve determinação de sustação de campanhas em TV,
internet, mídia impressa e embalagem do Imecap Hair cuja denúncia foi a pedido
da concorrente Wyeth, que pôs em xeque a veracidade de alegações de prevenção
de queda de cabelos. Houve ainda, recomendação de sustação de comercial do
antissinais Imecap Rejuvenescedor, por considerar serem inverídicas as
promessas de rejuvenescimento ou retardamento do envelhecimento presentes na
peça. O Conar pediu também alteração em ação de Varicell Creme, por considerar
haver discrepância entre a imagem mostrada em comercial de TV e a apresentação
do produto que é destinado ao tratamento de varizes.