C&A é alvo de reclamações contra chamada que envolve crianças

O anúncio da rede em seu site se referia a roupas infantis e trazia a imagem de crianças com um botão ao lado dizendo "clique e abuse".

Evidente que o termo usado se referia ao slogan da rede: “ABUSE USE C&A”, porém muitos internautas questionaram a chamada que, quando lançada na rede, acabou gerando um duplo sentido remetendo, para alguns consumidores, ao abuso de crianças.

Empresa informou que botão deriva de slogan usado há mais de 20 anos.

A imagem da chamada se espalhou rapidamente pela internet.

A empresa afirmou em nota que "todas as suas ações têm como premissa o respeito às pessoas", bem como, que "está sempre atenta à comunicação com seus clientes”.

Sobre a ocorrência com o botão ‘clique e abuse’, a empresa esclareceu que este deriva do slogan ‘Abuse Use C&A’, o qual é utilizado há mais de 20 anos em suas campanhas publicitárias.

A C&A disse ainda que optou pela revisão da comunicação do seu site de vendas, alterando o botão para “clique aqui” para evitar interpretações diferentes dos princípios da empresa.

Todo e qualquer tipo de campanha que envolve crianças ou seja a elas direcionada merece atenção especial, seja em relação à aparição da criança ou ao seu conteúdo.

É sempre importante observar as recomendações do CONAR e contar com orientação especializada quando se pretende envolver o público infantil.

No caso da C&A seu slogan usado há mais de 20 anos não pôde ser associado à imagem de crianças sem causar mal estar aos consumidores.

Confira abaixo a chamada que deu o que falar na rede:



Dra. Valéria Barini De Santis. Advogada empresarial desde 1999, é responsável pela
área de Direito Publicitário do escritório Barini De Santis Advogados, consultora jurídica
da APP CAMPINAS - Associação dos Profissionais de Propaganda de Campinas, membro
da ABPI - Associação Brasileira da Propriedade Industrial e professora universitária.
Possui mestrado em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie,
especialização em Direito da Propriedade Imaterial pela Escola Superior de Advocacia da
OAB/SP e em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade de Católica de São Paulo.

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